Neste último fim de semana, estreou na Netflix a mais nova colaboração dos irmãos Russo (Joe e Anthony) – diretores de Vingadores: Guerra Infinita e Ultimato – com o Thor, também conhecido por Chris Hemsworth – mas aqui eles apenas atuam como produtores e roteiristas.
O nome do filme é Resgate e nele acompanhamos Tyler (Hemsworth) , um mercenário com um passado que o atormenta e que em sua nova missão busca redenção e – claro – dinheiro, mas no decorrer verá que ela é muito mais que isso. Premissa mais clichê impossível, portanto a surpresa fica para a violência gráfica do filme estrelado pelo deus nórdico do MCU e pela perceptível demonstração do ator que ultimamente tem buscado estrelar produções que sirvam para ele provar que não é apenas um rostinho bonito, mas infelizmente o roteiro dos “visionários” diretores afunda toda e qualquer tentativa do ator, já que não ajuda em quase nada. A trama é batida e a única coisa que a salva são duas cenas específicas: um plano-sequência de quase 15 minutos e o clímax do filme em seu terceiro ato – graças especificamente à experiência do diretor Sam Hargrave como dublê e diretor de segunda unidade em outros filmes.
Com vilões genéricos, fotografia regionalizada (como em todo filme que se passa na Índia e adjacências, a coloração da película é um amarelo quase alaranjado e sujo) e por não conseguir transmitir nenhuma conexão do espectador com a trama e os personagens, você já sabe desde o primeiro minuto de filme o destino do protagonista e sua decisão durante a missão, bem como de seus demais personagens.
Por fim nos perguntamos, é um filme genérico de ação? É. Foi feito só pra promover mais a imagem de Chris Hemsworth? Com certeza. Mas em determinado momento do filme, o vilão – denominado de o Pablo Escobar de Bangladesh – passa a seguinte lição para um de seus capangas:“Por mais fodão que você pense ser, tem sempre alguém mais fodão que você”. Bom saber que os irmãos Russo concordam e fazem essa autocrítica.
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