Vingadores e o Ultimato para os filmes de super heróis

11 anos e 22 filmes depois, a Marvel Studios finaliza seu ciclo – que teve início no já longínquo ano de 2008 com Homem de Ferro, e vendo toda essa leva de filmes podemos notar um case de sucesso – como bem diria um coach do empreendedorismo – mas verdade seja dita, nunca o mais ávido fã de HQs e até mesmo de filmes do gênero imaginaria que nesse período aconteceria algo do nível dessa saga – claro que nada é perfeito e que tiveram alguns altos e baixos, mas aqui tudo se complementa e faz todo esse investimento de 11 anos ter valido a pena.

O filme se situa logo após o derradeiro de Vingadores: Guerra Infinita com os heróis buscando formas de como trazer aqueles que viraram pó após o estalo da manopla do Thanos, de volta. Foram praticamente 12 meses de teorias criadas em todos os veículos de comunicação possíveis e nenhum deles chegou perto do que o filme entrega nas suas mais de três horas de duração. Mesmo sabendo que alguns dos heróis que “morreram” irão voltar em filmes posteriores devido a divulgação do próprio estúdio, assistindo a esse temos a sensação de que nada será consertado – e palmas aos roteiristas Stephen McFeely e Christopher Markus por deixar isso evidente no decorrer da narrativa.

Falando em narrativa, nos primeiros 15 minutos de filme é mantido a cadência do anterior – que não nos deixava respirar um segundo sequer. Mas passado estes minutos, a direção pisa no freio e desenvolve mais dos personagens nos preparando para a aventura que virá a seguir e Anthony e Joe Russo mostram o porquê receberam a missão de concluir esta saga, mostrando que toda ação tem uma consequência e toda consequência tem um motivo plausível para acontecer. É tudo impressionante e não tem como você manter seu queixo no lugar enquanto assiste.

Falando sobre o que é trabalhado na trama, mas sem entregar muito, a forma com que eles trabalham a questão da viagem no tempo é particular a este filme e difere de quaisquer outros que usam essa ferramenta em suas narrativas, estabelecendo assim a fórmula Marvel de contá-la. Os momentos dentro desses 11 anos de filmes que são revisitados, respeitam tudo e além de refrescar nossa mente, trazem novos elementos que dão importância à filmes e personagens que não foram tão importantes ou foram mal trabalhados outrora.

Por fim, Vingadores: Ultimato entrega um dos melhores terceiros atos que já vi num filme de super heróis, é praticamente orgástico e uma ode às histórias em quadrinhos no geral, algo que antes era inimaginável, com o filme tornou-se algo possível e fez vibrar a criança interior de quem acompanhou tanto HQs, quanto esse longo período de filmes do estúdio. A jornada dos heróis que seguimos desde 2008 é concluída com maestria e honra a saga iniciada despretensiosamente no mesmo ano. A Marvel Studios entregou definitivamente um dos melhores vilões de todos os filmes que produziu e Thanos com toda a certeza entrou para o panteão de um dos melhores da história do cinema. Depois desse filme fica a curiosidade do que está por vir no gênero, pois ele chegou num nível que dificilmente outro filme chegará e surpreenderá como ele surpreendeu.

P.S.:Como se trata da conclusão de uma saga, nada mais justo não ter cenas pós-créditos – mas atentem-se a apresentação dos créditos.

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